sexta-feira, 23 de julho de 2010

Say NO to Leroy Merlin !!!


Para entender o que aconteceu ontem na porra da Leroy Merlin, segue um relato feito pelo meu pai que encaminhei hoje a Seção Quanta Gentileza do Jornal O Estado de São Paulo

Meu filho Gustavo e eu queremos apresentar nossas mais sinceras desculpas aos vendedores -- perdão, promotores -- da loja Leroy Merlin Morumbi pelo transtorno que causamos na noite de quinta-feira, 22/07, quando lá fomos com a intenção de gastar nosso dinheiro na compra de louças e metais sanitários.
Perdão, não tínhamos nenhuma intenção de interromper qualquer coisa mais importante que pudessem estar fazendo. Juro que tentamos, logo após entrarmos e perguntarmos ao primeiro vendedor -- perdão, promotor; uma promotora, especificamente -- se poderia nos atender (e não podia) fazer tudo sem qualquer auxílio, totalmente imbuídos do espírito "faça você mesmo" que parece ser um dos pontos fortes da loja. Olhamos todo os mostruários de louças e de metais, escolhemos o que desejávamos e até pusemos no carrinho os metais que iríamos comprar. Mas quanto às louças, não houve jeito. Realmente necessitaríamos muito de alguma ajuda para descobrir se havia estoque das peças que havíamos escolhido e para trazê-las do depósito até nós. Achamos que o pessoal da loja não iria gostar se arrancássemos as peças do seu mostruário. Infelizmente, estavam todos muito ocupados para atender ao nosso pretensioso pedido. E pareciam realmente ocupadíssimos em atender uns aos outros, já que normalmente caminham pela loja aos pares e raramente acompanhados de pessoas que pareçam clientes. Ficamos especialmente sentidos por atrapalhar a vendedora -- promotora, perdão -- de cabelos curtos cor de acaju que respondeu à pergunta de meu filho de como conseguir a atenção de um vendedor -- oh, meu Deus, promotor! -- com um certeiro "o gerente fica lá na frente, ao final do corredor". Bem, o gerente não ficava exatamente no final do corredor, mas numa sala lateral de onde tinha enorme dificuldade em sair para atender-nos. E a ele também queremos apresentar nossas sinceras desculpas por não termos tido a paciência de esperá-lo, mas é que realmente estávamos ansiosos para gastar nosso dinheiro e precisaríamos chegar a tempo na loja concorrente. Desculpas também são devidas aos cinco empregados da loja que, enquanto esperávamos o gerente sair da tal sala, dedicavam-nos sua atenção na importante missão de dizer que ele já viria. Quando perguntamos se nenhum deles poderia atender-nos com as compras, não tínhamos idéia de que eram coordenadores, título que possivelmente designa pessoas destinadas a atividades muito mais nobres. Por fim, um agradecimento especial pela economia que nos proporcionaram ao encaminhar-nos a um concorrente com preços melhores. E nossa promessa que jamais voltaremos a incomodá-los em horário tão impróprio. Na verdade, estamos tão envergonhados que acho que jamais voltaremos a incomodá-los em horário algum.